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Centro de Pesquisas em Ciência de Dados

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Projeto dos membros do Instituto Mario Schenberg para compartilhamento de dados e conhecimento sobre o tema!

Relatório semanal #19

Período AVALIADO

RELATÓRIO SEMANAL: de 25-03-2024 a 01-04-2024

Volume coletado

Posts: 52.496 (redução de 39,52% em relação a semana anterior)

Usuários:36.328 (redução de 30,90% em relação a semana anterior)

Retweets: 131.687 (redução de 56,32% em relação a semana anterior)

Resumo:

  1. Apontamento principal: Houve atuação significativa do perfil oficial do Ministério da Saúde no debate sobre a dengue. O perfil destacou os sintomas da doença e as formas de prevenção, que era algo que foi identificado como ausente nos relatórios anteriores;
    1. Foi detectada atuação militante em defesa da vacinação;
    2. Houve predomínio da narrativa menos hostil ao governo;
    3. O padrão de crítica à vacinação e às políticas públicas para saúde foi reativo e disperso;
      1. Historicamente, esse padrão de dispersão e reatividade excessiva dos movimentos contrários à imunização e à políticas públicas para saúde ocorre como fase preparatória para uma reorganização dos recursos discursivos. Em outras ocasiões, observou-se forte aumento dos ataques coordenados e automatizados no período subsequente.
  2. Vacina: O termo “vacina” expressou 27% de todo material coletado, o que expressa uma queda relativa do termo na participação do debate sobre saúde pública no X (ex-Twitter), em relação a semana anterior;
    1. A reportagem veiculada no Fantástico que citou a vacinação contra HPV levou a um pico de menções à vacinas no twitter no domingo, dia 01/04. No entanto, a tendência geral foi de queda no volume de menções sobre o termo;
    2. Não há indícios de participação significativa de postagens automatizadas ou programadas no debate sobre vacinas;
    3. O debate sobre a vacina se deu entre pequenas comunidades, mas com interação entre os usuários significativa. Cerca de 13,03% dos usuários interagiram duas vezes ou mais com outros usuários ao debater vacinas. Ainda, verifica-se reciprocidade significativa na troca de mensagens dos usuários;
    4. O debate sobre vacinas, quando dividido em três grupos distintos a partir de seus padrões linguísticos, se deu entre: (a) um grupo que enfatizou a postura de Bolsonaro contra as vacinas contra Covid; (b) um grupo que deu maior ênfase à demora para disponibilização de vacinas contra Dengue, culpando Lula e o ministério da saúde; e (c) um grupo que ressaltou a importância da vacinação como política pública para saúde.
      1. Houve forte atuação de militância pró-vacina e militância favorável ao governo para ressaltar a importância da vacinação e combater ataques ao governo.
  3. Covid: O termo Covid representou 21,89% do material coletado. Trata-se de pequena alta, que resultou da queda da participação do termo Vacina.
    1. Houve estabilidade no volume de menções ao longo da semana, seguindo o padrão já observado de maior volume de menções ao termo Covid durante os dias úteis da semana;
      1. Observou-se alta no engajamento do público com postagens sobre Covid no domingo, dia de veiculação de reportagem especial do fantástico envolvendo o ministério da saúde e vacinas;
    2. Não há indício de impacto relevante de postagens automatizadas ou programadas no debate sobre covid;
    3. O debate sobre covid se deu em pequenos grupos, com baixa interação entre os usuários. Apenas cerca de 7,19% dos usuários interagiram mais de duas vezes com outros ao debater a Covid;
    4. O debate sobre Covid pode ser dividido em três grupos, de acordo com o padrão linguístico utilizado. Um (a) grande grupo que enfatizou o papel negativo de Bolsonaro no combate ao Covid-19; outro (b) grande grupo que expressou preocupação com os sintomas da dengue, covid, e gripe; e um (c) grupo que permeou os outros dois, buscando atacar a política do governo para o combate à dengue, em resposta às críticas feitas a Bolsonaro;
      1. O debate sobre Covid foi influenciado pela atuação de militantes pró-vacinação e jornais. Não foi detectada ação coordenada de ataques às políticas públicas sobre Covid. Isso significa que as críticas feitas ao governo, de acordo com os observado, foram orgânicas.
  4. Dengue: O termo dengue representou 56,57% de todo material coletado, o que expressa aumento de quase 7 pontos percentuais em relação à semana anterior;
    1. Houve tendência de queda nas menções à dengue.
      1. No dia 30/03, Igor Coronado, jogador do Corinthians, teve confirmado o diagnostico de Dengue, o que repercutiu no debate sobre o tema;
    2. Houve impacto significativo de postagens automatizadas ou programadas no debate sobre a Dengue. Dentre essas mensagens automatizadas, destacaram-se jornais e o perfil oficial do Ministério da saúde. Também foi localizado perfis que replicaram mensagens idênticas para atacar o Ministério da Saúde e o Governo;
    3. O padrão de interação entre os usuários, ao debater a Dengue, foi de baixa troca entre usuários. Houve predominância de relações unilaterais, em especial de pessoas interagindo com contas de jornais e contas oficiais de entidades ou agentes do governo. Apenas cerca de 5,76% dos usuários interagiram duas ou mais vezes entre si.
    4. O debate sobre dengue, ao ser dividido em três grupos distintos, revela os seguintes agrupamentos de acordo com o padrão de linguagem utilizada: um grupo (a) grande que expressou preocupação sincera com a dengue, dando ênfase aos sintomas, indicando medo ou receio quanto a doença; um grupo (b) intermediário que debateu a vacina contra dengue e as políticas do Ministério da Saúde; e um grupo (c) pequeno que debateu a vacinação e a crise sanitária da dengue sem enfatizar o papel do governo.
Relatórios para conhecer em profundidade o debate público, identificar os temas e argumentos do debate, bem como saber quem são os principais influenciadores e personagens do debate vacinal.

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